Os bambolês mais populares, geralmente destinados a crianças, seja em atividades recreativas, esportivas ou educacionais, são produzidos em resina plástica. Existem dois materiais mais populares: o Polipropileno (conhecido pela sigla PP) e o PoliEtileno de Alta Densidade (PEAD).
Ambos são consideradas resinas básicas e são facilmente encontradas em diversos materiais de uso em nosso dia – embalagens de shampoo, tampa de garrafas, brinquedos e… bambolês! Mas, tem diferença?
O bambolê feito em PP costuma ter a superfície mais lisa e brilhante, também parece ser mais rígido, quando apertado com os dedos. Porém, justamente pelo fato de ser mais rígido, ele costuma quebrar ao invés de dobrar-se, em diversas situações de uso. Ao quebrar, pode gerar pedaços pequenos e pontiagudos que podem, inclusive, ser engolidos pelas crianças ou até causar ferimentos.
Já os produzidos em PEAD tem como principal característica a superfície um pouco mais rugosa e fosca. Quando pressionado com os dedos, é flexível e, por isso, quando forçado, ele se dobra, sendo portanto mais seguro para ambientes onde há crianças de todas as idades.
Flexível, permite conserto
Quando o bambolê de PEAD se “quebra”, na verdade ele fica dobrado. Com a ajuda de um secador de cabelos (ou soprador térmico, uma ferramenta cada vez mais comum em oficinas e artesanato), é possível aquecê-lo e, com cuidado para não queimar os dedos, moldá-lo fazendo-o voltar a forma original – embora, no local da dobra, permaneça um pouco mais frágil que em outras partes do arco.
Mas esse é o tema de outro post. Por enquanto, fica o ALERTA: existem fabricantes que, por má fé, fazem a certificação no Inmetro utilizando PEAD e essa informação consta na rotulagem (etiqueta obrigatória), indicando a matéria prima adequada na composição. Porém, no processo de fabricação, utilizam PP, que, como vimos é inadequado para uso como brinquedo em ambiente doméstico e escolar.
Faça o teste mecânico por si mesmo e exija o melhor para suas crianças.